segunda-feira, 13 de junho de 2022

Uma overdose de conteúdo digital



O curioso caso da jovem que adora a internet, mas que ultimamente vive tendo crises de preguiça da mesma. É sério! Eu amo o mundo virtual e suas possibilidades... às vezes me pego em postagens feitas em outra fase, outros tempos, bate uma nostalgia absurda. Atualmente me encontro constantemente em conflitos internos sobre o que já foi esse mundo e o que é hoje.
Um exemplo do tipo de pensamento que martela minha cabeça: há anos atrás, o instagram era uma plataforma mais amigável e leve de acompanhar, a aleatoriedade do que era postado lá me encantava muito, mas agora tudo tem que ser conteúdo. Ninguém dá mais valor à uma foto de unhas bem feitinhas (ou não) com as hashtags "unhasdasemana", "viciadaemvidrinhos" "nailsdetails". No fundo, sempre gostei dessa superficialidade. Ao mesmo tempo, tenho consciência de que as regras atuais permitem pessoas mudarem de vida financeiramente graças à estes conteúdos.
Mas parece que não consigo mais me encaixar em nenhuma plataforma. Facebook abandonei há anos, Twitter idem. E embora à este último eu tenha retornado ano passado, não tem mais a funcionalidade e frequência de antes por aqui. Snapchat já foi um dos meus queridinhos antes de perder a espontaneidade que era proposta, inclusive citava bastante ele por aqui. No início da pandemia migrei para o TikTok, achava um passatempo muito bom e criativo para pessoas comuns (vulgo anônimas), mas os verificados migraram para lá também, e os desenvolvedores também o transformaram em uma vitrine de conteúdo virtual. E em ambos os espaços, por mais que você decida quem seguir, os algoritmos é que decidem o que você verá e quando verá.
Não vejo sentido em tudo ser o 8 ou o 80. Veja bem, eu adoro uma playlist de músicas atuais, mas se for eu quem criei, com certeza na mesma tu também irá ouvir um sucesso dos anos 2000. Tenho vários cartões de memórias que armazenam uma quantidade de fotos exagerada (eu confesso), mas ainda sou apaixonada pela fotografia impressa.
Em outras palavras, só não queria que uma coisa anulasse a outra. Gostaria de ser evoluída ao ponto de ignorar o mundo cibernético e viver exclusivamente no Off, mas como ainda não é possível, esse espaço (o Blog) é basicamente o meu refúgio. É claro que eu poderia ter escrito tudo isto em um caderno só pra mim, mas como às vezes me deparo com palavras de outras pessoas e me caem como abraço, penso que pode ocorrer o mesmo com as minhas também.

Um comentário:

  1. Oi Carine, estou aqui retribuindo a sua visita e me deparei logo na chegada com esse post que traz muito de como me sinto também.
    As redes sociais são espaços de fuga e distração, mas também trazem muita ansiedade e comparação.
    Como você, eu também tenho o blog como o meu refúgio, meu canto de falar comigo mesma. Às vezes isso reverbera nos outros e fico feliz que não estou sozinha.

    Seguimos!
    Grande abraço!

    Debb
    www.gatoqueflutua.com.br

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